Engraçado como as coisas mudam de uma hora para outra…
Sua vida está numa boa até que <BAM> acontece aquele troço bombástico que te pega desprevenido e vira tudo de cabeça para baixo…
Aí dá aquele pavor, a gente fica meio xiliquento no início, acha que fodeu tudo, que não tem jeito e tals. Fora quando não acontece a tal coisa por cagada nossa, aí, além de tudo ainda tem o adicional da auto-punição. A vontade de se arrebentar de porrada, mais ou menos como o Jim Carrey na cena do banheiro do tribunal em “O Mentiroso (Liar Liar)”.
Aí vem a turma do ‘deixa disso’ e diz que não é bem assim, que vai ficar tudo bem e aquele monte de chavões da cultura popular para dizer coisas do tipo “agora a merda já tá feita, relaxa e goza”, só que de maneira amena. Alguns se emputecem ainda mais, afinal, ver a calma alheia enquanto estamos querendo arrancar os cabelos do saco com um cortador de grama é algo totalmente irritante.
Mas, depois do surto, a gente respira, coloca a cabeça em ordem, se acalma, elucida algumas coisas e vê que realmente o bicho nem era tão feio. Que dá pra contornar algumas coisas, ou amenizá-las pelo menos. Também dá uma vergonha por ter agido de forma tão ridícula durante o surto, mas é normal. Alguns casos, é claro, não tem arrumação, mas ainda assim o tempo dá uma certa ajeitada na coisa e a gente acaba se conformando.
Depois de passada toda a tempestade, o que sempre me fica, é a sensação de que aquele monte de chavões são verdadeiros. Afinal, ao frigir dos ovos, dá para ver que as coisas conspiraram ao meu favor, mesmo quando eu achava que estava sendo vítima dessas mesmas coisas.
Parece papo de mulherzinha em TPM, eu sei, mas, estou me dando conta de que realmente as coisas acontecem em um curso. Eu não consigo mudá-las por mais que digam que eu sou o senhor da minha vida. Sazonalidades temos todos. Infernos astrais, períodos de altas e de baixas, mas, o que fica mesmo é que todos esses períodos acontecem por alguma razão. E entender essas razões é o que nos dá uma certa bagagem na vida. Saber porque aquela merda aconteceu e identificar itens a aprender e outros a identificar para não repetí-los, por exemplo.
O que eu sei é que ter ‘muita calma nessas horas’ é fundamental. Pode parecer idiotice, mas sempre depois que eu me acalmei é que as coisas se arrumaram. Não me lembro de nenhuma situação onde consegui contornar alguma coisa durante o surto. Aliás, só piorei, em algumas vezes.
Então amigo, nesse post de auto-auto-ajuda, onde eu aconselho vocês me aconselhando diretamente, fica a mensagem de que não importa o tamanho do pepino, respire fundo e… ah, deixa pra lá, essa metáfora está um tanto quando gay…
Tem aquela célebre música do Gil, que eu prefiro o Lobão cantado, a “Tempo Rei” (que alguns engraçadinhos cantam ao invés de: “Ó tempo rei”, cantam: “Eu te empurrei”) que fala coisas nesse sentido.
Enfim, antes que isso vire um post sentimental, que não é bem o meu estilo, vou ficando por aqui. Só digo que, evite surtar demais, pode parecer muito ridículo depois que as coisas forem resolvidas.
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